quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Introdução à Geometria Analítica - Software

EIXO GEOMETRIAS: TRATAMENTO ANALÍTICO
ALUNOS: Alex S. L. Viacava, Flávio Barcellos alff. André Ricardo Lessa e Marcos Santos Silva


Embora algumas pessoas tenham resistência às vantagens do uso de computadores como facilitadores de aprendizagem, são inúmeros os estudos nessa área que atestam a sua eficiência para o
desenvolvimento do pensar matemático. Ricardo de Souza Santos, em sua dissertação de mestrado pela
UFRGS, apresenta como pertinente o uso “de recursos como internet e softwares educacionais, pois abrem
um leque de possibilidades didáticas, modificando as relações entre professor e aluno.” (2009, p.2)
A geometria analítica estuda a geometria através das propriedades algébricas, pode-se dizer que é
o estudo de figuras geométricas por meio de equações. A propriedade de permutar entre a geometria e a
álgebra, como cita SANTOS (2009, p.1) é parte integrante dos PCNs. Alguns softwares educacionais apresentam essa propriedade, como o Grafequation, o Sketchup, o Geogebra e o Cabri 3D. Destes, destaco o Geogebra, cujo nome deriva da aglutinação das palavras geometria e álgebra.
O Geogebra é um software gratuito, baseado na plataforma Java e de grande utilidade para o
entendimento da Geometria analítica, pois é de fácil utilização, já que apresenta os comandos em
português. Possui três zonas de trabalho em sua interface, onde se apresenta a zona algébrica, gráfica e de
cálculo (Figura 1). Dessa forma as representações de um objeto estão dinamicamente relacionadas, de forma que alterando a equação a figura se alterará e vice-versa.
Figura 1 – Interface do Geogebra
Fonte: Hohenwarter, 2009 p.6

Acho que a maior vantagem do Geogebra é proporcionar ao aluno a prática dos conceitos teóricos que ele estuda em sala de aula, através de uma representação dinâmica e de rápida construção e alteração. A utilização do Geogebra não substitui a importância de que o aluno saiba construir figuras geométricas e gráficos manualmente, mas é relevante para a otimização do tempo de
alunos e professores.
São inúmeras as possibilidades que o Geogebra apresenta, como a construção de Pontos, Vetores,
Segmentos, Retas, Semirretas, Polígonos, Seções cônicas, Ângulos, Imagens, Funções, Listas e Sequências,
Matrizes, entre outros.
Muitos são os relatos de uso e as sugestões de atividades disponíveis na internet para a utilização do Geogebra, destaco a de Robertoo Ferreira em seu artigo “Ensinando Matemática com o Geogebra”.
Nele são apresentados exemplos de atividades realizadas com alunos, para desenvolver a compreensão
destes sobre a geometria analítica. Na Figura 2, temos uma destas atividades, que consiste na construção de um triângulo escaleno e posterior cálculo de perímetro, área e ângulos.
Figura 2 – Triângulo Escaleno com Geogebra
Fonte: Ferreira, 2010 p. 5

Outro exemplo interessante é o da demonstração do teorema da tangente, apresentado na Figura
3. Destaco ainda a representação gráfica de funções, como temos por exemplo na Figura 4. Atividades que
proponham que os alunos construam a própria aprendizagem tendem a ser mais interessantes e a
despertar a curiosidade e a atenção dos alunos. Para cumprir as tarefas é preciso que o aluno utilize seus
conhecimentos teóricos sobre geometria e álgebra, colocando-os em prática com as construções no
Geogebra.
Figura 3 –Demonstração do Teorema da Tangente com Geogebra
Fonte: Ferreira, 2010 p. 12

Figura 4 –Gráfico da função x² + 4x + 3 com Geogebra
Fonte: Ferreira, 2010 p. 14

Assim, com base no que foi exposto, pode-se afirmar que a informática educacional, se bem utilizada, é um importante recurso de aprendizagem. Claro que o professor precisa ter domínio do software para utilizá-lo e os alunos necessitam de certa familiaridade com o computador, mas de modo geral sua utilização é vantajosa para ambas as partes. Ressaltando que o professor deve saber claramente quais os objetivos que pretende alcançar com o uso da tecnologia e não somente utilizá-la por conveniência. Destaco a utilização do Geogebra como uma possibilidade de reflexão crítica e de construção do conhecimento através da prática.


Referências:

FERREIRA, Roberto Claudino. Ensinando Matemática com o Geogebra. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.6, N.10, 2010. Disponível em www.conhecer.org.br/enciclop/2010b/ensinando.pdf Acessado em 15/10/2013;

HOHENWARTER, Markus. Ajuda Geogebra – manual oficial da versão 3.2. 2009. Disponível em

SANTOS, Ricardo de Souza. Tecnologias Digitais no Ensino de Geometria Analítica. X Encontro Gaúcho de Educação Matemática. Junho de 2009, Ijuí – RS.


5 comentários:

  1. Muito bom o trabalho. O mais difícil é a parte do professor, domínio do software.
    Mas com vontade a gente consegue.

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  2. Legal, e como a Dóris disse da importância por parte do professor em dominar o software para conseguir transmitir o conteúdo é bastante importante, por isso todas as adaptações que os cursos superiores vem fazendo.
    Sabe que na escola que trabalho teria vários programas para utilizar com eles, mas a turma não colabora, não querem nada com nada, tentei uma vez e não consegui, infelizmente o aluno tem que querer tb e tá difícil a coisa...

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  3. Ótimo trabalho Alex, o geogebra é um software maravilhoso e não é tão difícil de lidar. Trabalha inúmeros conceitos da geometria e da álgebra. Excelente ferramenta para nos professores de matemática.

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  4. Ok pessoal concordo que os alunos tem apresentado um pouco de "desmotivação", porém enquanto educadores, formadores, o que o professor deverá fazer frente tal situação? O que pensam a respeito, como por exemplo essa experiência trazida pela colega Dóris? Abraço Taís

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  5. Notei que nas duas escolas estaduais em que fiz o estágio I e II, sala de informática não existe ou está muito bem escondida. Não lembro dos alunos falarem a respeito. Lembro apenas de ter visto quatro ou cinco computadores na biblioteca de uma das escolas (as turmas são de + ou - 20 alunos). Mas a utilização é meio difícil, pois o professor deve reservar a sala da biblioteca com antecedência de 1 semana e assim seus alunos utilizam em trios ou duplas em meio ao vai e vem da biblioteca. No mínimo estranho e improdutivo.

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