EIXO
GEOMETRIAS: TRATAMENTO ANALÍTICO
ALUNOS: Alex S. L. Viacava, Flávio Barcellos alff. André Ricardo Lessa e Marcos Santos Silva
ALUNOS: Alex S. L. Viacava, Flávio Barcellos alff. André Ricardo Lessa e Marcos Santos Silva
Embora
algumas pessoas tenham resistência às vantagens do uso de computadores como facilitadores
de aprendizagem, são inúmeros os estudos nessa área que atestam a sua
eficiência para o
desenvolvimento
do pensar matemático. Ricardo de Souza Santos, em sua dissertação de mestrado
pela
UFRGS,
apresenta como pertinente o uso “de recursos como internet e softwares
educacionais, pois abrem
um leque
de possibilidades didáticas, modificando as relações entre professor e aluno.”
(2009, p.2)
A
geometria analítica estuda a geometria através das propriedades algébricas,
pode-se dizer que é
o estudo
de figuras geométricas por meio de equações. A propriedade de permutar entre a
geometria e a
álgebra,
como cita SANTOS (2009, p.1) é parte integrante dos PCNs. Alguns softwares
educacionais apresentam essa propriedade, como o Grafequation, o Sketchup, o Geogebra
e o Cabri 3D. Destes, destaco o Geogebra, cujo nome deriva da aglutinação das
palavras geometria e álgebra.
O Geogebra é um software gratuito, baseado na plataforma Java e de grande utilidade
para o
entendimento
da Geometria analítica, pois é de fácil utilização, já que apresenta os
comandos em
português.
Possui três zonas de trabalho em sua interface, onde se apresenta a zona
algébrica, gráfica e de
cálculo
(Figura 1). Dessa forma as representações de um objeto estão dinamicamente
relacionadas, de forma que alterando a equação a figura se alterará e
vice-versa.

Figura 1
– Interface do Geogebra
Fonte:
Hohenwarter, 2009 p.6
Acho que
a maior vantagem do Geogebra é proporcionar ao aluno a prática dos conceitos
teóricos que ele estuda em sala de aula, através de uma representação dinâmica
e de rápida construção e alteração. A utilização do Geogebra não substitui a importância de que o aluno saiba construir figuras
geométricas e gráficos manualmente, mas é relevante para a otimização do tempo
de
alunos e
professores.
São
inúmeras as possibilidades que o Geogebra
apresenta, como
a construção de Pontos, Vetores,
Segmentos,
Retas, Semirretas, Polígonos, Seções cônicas, Ângulos, Imagens, Funções, Listas
e Sequências,
Matrizes,
entre outros.
Muitos
são os relatos de uso e as sugestões de atividades disponíveis na internet para
a utilização do Geogebra, destaco a de Robertoo Ferreira em seu
artigo “Ensinando Matemática com o Geogebra”.
Nele são
apresentados exemplos de atividades realizadas com alunos, para desenvolver a
compreensão
destes
sobre a geometria analítica. Na Figura 2, temos uma destas atividades, que
consiste na construção de um triângulo escaleno e posterior cálculo de
perímetro, área e ângulos.

Figura 2
– Triângulo Escaleno com Geogebra
Fonte:
Ferreira, 2010 p. 5
Outro
exemplo interessante é o da demonstração do teorema da tangente, apresentado na
Figura
3.
Destaco ainda a representação gráfica de funções, como temos por exemplo na
Figura 4. Atividades que
proponham
que os alunos construam a própria aprendizagem tendem a ser mais interessantes
e a
despertar
a curiosidade e a atenção dos alunos. Para cumprir as tarefas é preciso que o
aluno utilize seus
conhecimentos
teóricos sobre geometria e álgebra, colocando-os em prática com as construções
no
Geogebra.

Figura 3
–Demonstração do Teorema da Tangente com Geogebra
Fonte:
Ferreira, 2010 p. 12

Figura 4
–Gráfico da função x² + 4x + 3 com Geogebra
Fonte: Ferreira, 2010 p. 14
Assim,
com base no que foi exposto, pode-se afirmar que a informática educacional, se
bem utilizada, é um importante recurso de aprendizagem. Claro que o professor
precisa ter domínio do software para utilizá-lo e os alunos necessitam de certa
familiaridade com o computador, mas de modo geral sua utilização é vantajosa
para ambas as partes. Ressaltando que o professor deve saber claramente quais
os objetivos que pretende alcançar com o uso da tecnologia e não somente
utilizá-la por conveniência. Destaco a utilização do Geogebra como uma possibilidade de reflexão crítica e de construção do
conhecimento através da prática.
Referências:
FERREIRA,
Roberto Claudino. Ensinando Matemática com o Geogebra. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro
Científico Conhecer - Goiânia, vol.6, N.10, 2010. Disponível em
www.conhecer.org.br/enciclop/2010b/ensinando.pdf Acessado em 15/10/2013;
HOHENWARTER,
Markus. Ajuda Geogebra – manual oficial da versão 3.2. 2009.
Disponível em
SANTOS,
Ricardo de Souza. Tecnologias Digitais no Ensino de
Geometria Analítica. X
Encontro Gaúcho de Educação Matemática. Junho de 2009, Ijuí – RS.
Muito bom o trabalho. O mais difícil é a parte do professor, domínio do software.
ResponderExcluirMas com vontade a gente consegue.
Legal, e como a Dóris disse da importância por parte do professor em dominar o software para conseguir transmitir o conteúdo é bastante importante, por isso todas as adaptações que os cursos superiores vem fazendo.
ResponderExcluirSabe que na escola que trabalho teria vários programas para utilizar com eles, mas a turma não colabora, não querem nada com nada, tentei uma vez e não consegui, infelizmente o aluno tem que querer tb e tá difícil a coisa...
Ótimo trabalho Alex, o geogebra é um software maravilhoso e não é tão difícil de lidar. Trabalha inúmeros conceitos da geometria e da álgebra. Excelente ferramenta para nos professores de matemática.
ResponderExcluirOk pessoal concordo que os alunos tem apresentado um pouco de "desmotivação", porém enquanto educadores, formadores, o que o professor deverá fazer frente tal situação? O que pensam a respeito, como por exemplo essa experiência trazida pela colega Dóris? Abraço Taís
ResponderExcluirNotei que nas duas escolas estaduais em que fiz o estágio I e II, sala de informática não existe ou está muito bem escondida. Não lembro dos alunos falarem a respeito. Lembro apenas de ter visto quatro ou cinco computadores na biblioteca de uma das escolas (as turmas são de + ou - 20 alunos). Mas a utilização é meio difícil, pois o professor deve reservar a sala da biblioteca com antecedência de 1 semana e assim seus alunos utilizam em trios ou duplas em meio ao vai e vem da biblioteca. No mínimo estranho e improdutivo.
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