UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PELOTAS – UFPEL
CURSO
DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA A DISTÂNCIA – CLMD
Polo:
Sapucaia do Sul
Aluno:
Gisele Pereira de Lima, Ilsiara Silva Fonseca, Michele Marques
Dalmolin, Kátia Pereira, Thais Silveira.
Referência:
Blog1
ROTEIRO – BLOG 1
1.
Nesta região as escolas tem inclusão de alunos surdos? Ou há
escolas com atendimento específico para surdos? Ou outras
instituições prestam este atendimento?
R:
Estivemos em duas escolas: Escola Estadual de Ensino Fundamental
Hiroshima e na Escola Estadual Ensino Médio Almirante Barroso,
localizadas em Eldorado do Sul (bairro Picada) e Porto Alegre (bairro
Ilha da Pintada), respectivamente. Ambas as escolas afirmam que já
tiveram ou tem alunos deficientes auditivos, portanto existe à
inclusão. As duas escolas afirmaram não possuírem nenhuma
estrutura ou conhecimento específico para a inclusão destes alunos.
No bairro da Ilha da Pintada não existe nenhuma escola com
atendimento específico para surdos e no bairro Picada existe a APAE
que atende estes alunos.
2.
Quantos alunos surdos estudam nesta instituição? Qual é tipo de
surdez (Surdo, Deficiente Auditivo ou Surdo Oralizado)?
R:
Na escola Almirante Barroso, encontramos um aluno que é Deficiente
Auditivo, tem 9 anos, ele utiliza aparelho auditivo e com este
recurso consegue participar das aulas, porém tem dificuldades, pois
escuta muito pouco. O aluno sempre senta na classe em frente à
professora e procura estar sempre atento à aula. A professora
procura falar em um tom mais alto do que o normal para auxiliar o
aluno. Já na escola Hiroshima, não encontramos nenhum aluno surdo,
porém a direção informou que tinha um aluno com deficiência
auditiva grave até o ano de 2012, e que hoje não se encontra mais
na escola por ter terminado os estudos ali (ensino fundamental) sendo
transferido para Porto Alegre para uma escola com todos os recursos
para ele necessário.
3.
Estes alunos sabem a Língua Brasileira de Sinais - Libras? Onde
aprenderam?
R:
O primeiro aluno, da escola Almirante Barroso, não sabe LIBRAS,
porém já ouviu falar e diz ter vontade de aprender, inclusive citou
que uma professora de “Artes” sabe e já lhe ensinou algumas
palavras, mas naquele momento apenas lembrou como se diz “Eu te
amo”.
No caso do segundo
aluno, da escola Hiroshima, a direção nos informou que ele sempre
soube LIBRAS. Foi os pais que fizeram questão de ensinar o filho e
por isto ele foi matriculado logo cedo em um curso, juntamente com a
mãe que a pós ter aprendido, ensinou também o pai. Os pais se
comunicavam com o aluno somente através da linguagem de sinais.
4.
Na sala de aula, o aluno surdo tem o profissional Tradutor/Intérprete
de Língua Brasileira de Sinais – Libras? Ou outros tipos de
profissionais?
R:
Em nenhum dos dois casos os alunos tinham um intérprete de Libras.
Os professores se comunicam “aos gritos”, conforme a professora
regente do aluno da Escola Almirante Barroso: “Se o aluno
conhecesse a língua eu até procuraria aprender a mesma para me
comunicar com ele, mas como será em vão, vou lidando como posso.
Quando eu não consigo entender o que ele quer dizer, eu peço para
que ele escreva, mas são raras as vezes que isto acontece.”
5.
Há professores nesta instituição que sabem a Língua Brasileira de
Sinais – Libras?
R:
Na Escola Almirante Barroso apenas a professora de Educação
Artística conhece a língua, mas não esta sempre presente na
escola. Na escola Hiroshima, nunca houve um professor que soubesse a
linguagem, mesmo tendo um aluno que conhecia e utilizava a mesma
diariamente.
6.
Após este levantamento o grupo deve analisar a situação da
inclusão do surdo nas escolas da região levando em consideração
questionamentos como: O poder público tem garantido condições de
acesso e aprendizagem aos alunos surdos? Como a comunidade (família,
escola, ONGs, entidades religiosas) atua para amparar o surdo na
região/cidade? Os professores estão preparados para atender alunos
surdos?
R:
Percebemos com as visitas que o poder público não garante em nada
condições de acesso e aprendizagem aos alunos surdos, eles se viram
por conta própria com os recursos que tem. A comunidade tenta
atender eles conforme podem, procuram se adaptar com o que a escola
oferece. Os professores não estão preparados para atender alunos
surdos, assim como os alunos não estão preparados para encaram uma
escola normal. Pensamos que eles deveriam estudar em escolas
especiais para aprenderem a se comunicar com mais facilidade, assim
como as escolas deveriam oferecer aos professores mais recursos
didáticos e profissionalizantes para receber alunos surdos.
Olá pessoal, que bom que estão postando a tarefa da semana. Outras interações também serão bem vindas sobre o assunto. Bom trabalho! Abraço Taís
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPreocupante né meninas o caso da escola que possui aluno com problemas auditivos e eles não tem estrutura alguma para tal atendimento.
ResponderExcluirEntão Viviane, por motivos como estes que acreditamos que o tema inclusão deve ser mais debatido, para verificarmos se de fato os alunos surdos ou portadores de outras deficiencias estão sendo "incluídos" ou as escolas estão apenas recebendo os alunos sem preparo para tal "inclusão". De que forma vocês, educadores em formação, acreditam que podem auxiliar nesse processo? Abraço Taís
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho. Continuem se esforçando nas atividades!
ResponderExcluirOlá pessoal, vocês fizeram a leitura do material da revista FENEIS, uma publicação da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos que trata de assuntos relacionados ao tema? Caso ainda não tenham lido, sugiro que façam a leitura do material e poderiam postar aqui no blog alguma notícia ou comentário que tenham achado interessante, o que acham? Abraço Taís
ResponderExcluirSim foi lido o material e ficamos muito felizes com a evolução da sociedade surda. O Decreto 7611 foi um paço importantíssimo na evolução do espaço para o surdo. A revista é de 2011, mas não deixa de ter a sua importância, pois são conquistas históricas, infelizmente não há muita publicidade.Tive uma professora, Ana, a única professora surda da rede municipal de Porto Alegre. Conversávamos muito e a partir de então pude ter uma visão mais ampla dessa realidade. Ela me chamou atenção sobre as novelas, que não havia interação para libras e que apenas os letrados entendiam a legenda escrita que alguns televisores dispõem, por este comentário pude perceber a diferença na escrita e na leitura.
ResponderExcluirAlém dessa questão ela ficava muito chateada quando precisava de alguma informação e as pessoas entravam em pânico, ou davam um papel para ela ler/ escrever, pois gostaria muito que a comunicação em Libras fosse disponibilizada aos ouvintes. Defendia a disponibilidade de Libras como uma língua nas escolas, assim como Espanhol e Inglês. Falou-me que as palestras em Porto Alegre normalmente não possuem interprete,mas que sempre que desejava solicitava interprete para continuar sua formação. Com a professora Ana conheci o humor surdo que é muito diferente do nosso, particularmente não entendia as piadas de surdo, mas ela adorava.
Na verdade a sociedade não conhece a cultura surda.
Estou no básico, mas adoro me comunicar. Adorei saber sobre a Sociedade Surda de Porto Alegre, ainda não fui visitar, mas sei que é um local que proporciona ,a comunidade surda e aos ouvintes que visitam, atividades como jogos, encontros sociais no barzinho da sociedade, em fim um espaço onde o surdo se encontra com os amigos e se comunica com facilidade.
Boa tarde,
ResponderExcluirSou a tutora a distância de Libras – Rubia.
Parabéns pela realização da pesquisa.
Gisele, seu comentário é muito pertinente. Esta realidade relatada pela professora surda ocorre com muita frequência. Assim como você, quando comecei a aprender Libras também não entendia as piadas surdas, ou seja, qual o humor delas? Mas com o tempo elas começam a fazer sentido.
Gostaria de ver interações dos demais componentes do grupo.
Fico no aguardo,
Abraço
Esta pesquisa foi muito importante pois nos deu um choque da realidade. Percebemos que as escolas não estão totalmente preparadas para receber alunos com necessidades especiais.
ResponderExcluirPenso que nós ouvintes devemos deixar de acreditar que o surdo não sabe nada pq não escuta. Encarar uma pessoa surda como outra qualquer é a chave para uma boa convivência. Logo que tive meu primeiro contato com pessoa surdas senti-me perdida, mas fui tão bem recebida por eles e foi mostrada boa vontade em nos entendermos. Eles me ensinam tanto da língua de sinais. Tenho muito o que aprender ainda, mas minha convivência com eles é muito proveitosa. E sobre o humor, são pessoas ótimas, alegres e de bem com a vida e resolvidas.
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