sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Inclusão na Escola E.M.E.F. JÚLIO STRÖHER


Nosso grupo realizou a entrevista, junto a escola Júlio Ströer em Sapucaia do Sul, com a professora que atende um aluno com problemas auditivos, o qual possui surdez moderada.

No município também temos  uma escola de referencia que é a escola polo Bilingue E.M.E.F Prefeito João Freitas Filho.

Na escola há somente este aluno com deficiência auditiva e o mesmo teve sua iniciação na língua brasileira de sinais na escola polo Bilingue E.M.E.F Prefeito João Freitas Filho, onde o mesmo o continua frequentando três vezes por semana em turno inverso a sala de recursos, que é o local onde o aluno tem recursos e atividades para trabalhar e desenvolver com maior destreza as dificuldades do dia-a-dia.

Até 2012 o aluno tinha um professor auxiliar que possuía curso de libras avançado que o auxiliava nas atividades. Em 2013 o aluno foi para uma turma em que a professora titular tinha o curso de libras para facilitar o entendimento desse aluno.

Na Escola Júlio Ströer há três professores que conhecem a língua brasileira de sinais, pois a Prefeitura proporcionou aos professores curso de Libras em três módulos, gratuito, para os professores da rede municipal.

A proposta da Escola Bilíngue  EMEF Prefeito João Freitas Filho não é privilegiar os alunos surdos ou os alunos ouvintes, mas sim potencializar ações que inter-relacionem as duas culturas.

Como ocorre?
Escola Bilíngue para Surdos: Com o auxílio de professores surdos e intérpretes, os estudantes surdos participam das aulas regulares com alunos ouvintes, e no turno inverso, recebem atendimento educacional especializado didático em Libras, de Libras e de língua portuguesa escrita. Os demais professores e alunos ouvintes da escola também participam de oficinas onde aprendem Libras e sobre a cultura surda.
O espaço físico também é organizado para facilitar a comunicação e entre surdos e ouvintes. Nas salas de aula, os estudantes sentam em círculo, para que os alunos surdos possam perceber o que está ocorrendo no espaço. Todas as salas da instituição são identificadas com sinais de Libras.
 
 Libras é a garantia do pleno desenvolvimento do aluno surdo, pois é a sua forma de comunicar-se e interagir com o mundo, é a maneira de garantir sua identidade, sua cultura e seu espaço na sociedade. Para o surdo, libras se da de forma assistemática, ou seja de  maneira natural, espontânea  sendo  sua  primeira língua (língua materna) o que facilitara o  processo de alfabetização em português.
Acredito que a implantação do bilinguismo nas escolas seja uma perspectiva aditiva, só venha a acrescentar, pois aprender  mais línguas tanto no campo cognitivo, social e cultural estimula os alunos  a conhecerem e principalmente respeitarem o  diferente.

“Olho do  mesmo modo com que poderia escutar. Meus olhos são meus ouvidos. Escrevo do mesmo modo que me exprimo por sinais. Minhas mãos  são bilíngues. 
                                                                                                    (Emmanuelle Laborit, 1994)

Postamos juntamente com este relato sobre a inclusão do aluno surdo no âmbito escolar, fotos da turma em que este aluno foi inserido, para que possamos perceber que não há diferenças e o aluno é super bem recebido e participa ativamente com toda a turma normalmente.


Grupo de trabalho: Abrahão, Daiane, Henrique, Marlon e Viviane







12 comentários:

  1. Olá pessoal, pelo que tenho visto nas postagens de vocês, poucos alunos surdos estão inseridos nas escolas regulares, pelo que vocês tem pesquisado a que se deve esse fato? Proponho essa questão como forma de interação no nosso blog. Aguardo retorno de vocês ... Abraço Taís

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  2. Oi Taís, tem mtos colegas q não estão conseguindo postar e interagir pq precisam ter cadastro para postar, pelo menos é oq está parecendo.

    Eu acredito que poucos alunos surdos estão sendo inseridos nas escolas regulares pelo fato do despreparo dos professores para auxilia-los, as crianças já tem essa "deficiência" e ainda não ter um bom atendimento, não pode ser justo para eles né?! Mais um constrangimento para se criar um jovem com vergonha de conviver normalmente não pode acontecer, mas infelizmente é a realidade atual.

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  3. Olá Viviane, estou sentindo falta da interção dos colegas, se puderes pede aos que estão com problemas para acessar que entrem em contato, já enviei uma mensagem para todos pelo moodle. Como bem colocasses no teu comerntár io tem sim que ter um cadastro, mas é bem fácil de fazer, podemos orientar, pois é muito importante a intereção dos colegas no blog.
    O blog é um espaço para discussão de temas que serão muito importantes na realidade de vocês enquanto formadores/educadores. Abraço Taís

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  4. Bom trabalho do grupo apresentando a realidade de duas escolas com as suas particularidades. Abraço Taís

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  5. Olá Pessoal!
    Parabéns pelo trabalho! Continuem se esforçando!!

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  6. Uma realidade postada por vocês é complementada pela nossa pesquisa na Escola Júlio Stroer e vice-versa. Isto deve ter ocorrido porque fiz nossa pesquisa com a Equipe Diretiva e vocês fizeram direto com os professores do Apoio. Parabéns pelo trabalho.
    Alex

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  7. Olá, gostei muito de realizar a pesquisa, pois através dela pude me aproximar da realidade das escolas. Como a colega Viviane já havia colocado em outro comentário, as escolas não estão preparadas para receber crianças surdo/mudo, e isso deve a falta de formação dos professores. Eu queria que até o final do curso tivesse a formação em Libras, já procurei me informar a respeito do curso em LIBRAS, mas é muito caro, o valor do primeiro módulo de 60h equivale mais de R$ 400,00.

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  8. Olá pessoal, que bom que começaram a aparecer mais interações sobre esse assunto tão importante. Pelo fato dos professores, pois não podemos esquecer que as "escolas" são conduzidas por professores, não terem formação suficiente para lidar com a inclusão que estamos trabalhando com vocês essas discussões e proporcionando oportunidade de vocês conhecerem um pouco de LIBRAS (e é claro que uma formação mais aprofundada no assunto se faz necessária) e possam buscar ainda mais informações sobre o assunto. Abraço Taís

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  9. Além de conhecer a realidade da escola, é preciso também compreender o ambiente do aluno como um todo (família, amigos,...). No caso do aluno que conversamos, apesar de ter contato com Libras à cerca de dois ou três anos e ainda não dominar a linguagem, ele preferiu continuar na escola regular e participar apenas das atividades complementares e específicas na escola especial. O que mais pesou na decisão dele e da sua família foi a aceitação que teve da turma e da escola regular, onde sua presença incentivou os demais alunos (ao menos de sua turma) a aprenderem libras também.

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  10. Com certeza a realidado do aluno, seu contexto familiar e cultural influenciam muito na sua formação, desenvolvim ento e escolhas, por isso, acredito que não podemos tomar partido, criticar, opnar sem conecer as realidades. Boa participação. Abraço Taís

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  11. Boa tarde,
    Sou a tutora a distância de Libras – Rubia.
    Parabéns pela realização da pesquisa.
    Participem da web conferência da Língua Brasileira de Sinais com o prof. Fabiano. Durante a web o professor irá abordar a educação bilíngue.
    Muitos fatores levam crianças e jovens surdos optarem pela educação especial e não pelo ensino regular. Na opinião de vocês quais seriam estes fatores?
    Abraço

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  12. O primeiro seria o despreparo dos professores na escola regular. E como foi dito pelo prof. Fabiano sobre o aluno surdo que chegou ao 2º ano do EM sem saber ler, de quem seria a culpa? Do aluno surdo que não teve interesse? Ou do sistema que não funciona? Ou ainda da falta de interesse dos professores?
    Como disse em comentário anterior os surdos preferem escolas para surdos, talvez por sentirem-se mais seguros entre seus pares.

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