sábado, 16 de novembro de 2013

Universidade Federal De Pelotas

Polo: Sapucaia do Sul


Postagem das alunas: Gisele Pereira de Lima, Ilsiara Silva Fonseca, Michele Marques Dalmolin, Kátia Pereira, Thais Silveira.


PORTO ALEGRE - 1952


Fonte: Google Imagens
O prédio escolhido para a pesquisa foi o da Escola Estadual de Ensino Médio Almirante Barroso, situado no bairro Ilha da Pintada na cidade de Porto Alegre, o mesmo é localizado no centro do bairro bem na beira do Rio Jacui.

A primeira sede da escola foi construída em 1936 (Era Vargas), era uma casa de madeira.
Esta casa era de uma moradora que inicialmente ensinava as crianças do bairro a ler e escrever na área de sua casa, e como o número de crianças interessadas no aprendizado foi crescendo a mesma abriu as portas da sua casa e transformou sua casa na escola do bairro, a Escola Isolada Aristides Garnier.
Infelizmente em 1941, com a violenta enchente que se abateu sobre o estado do Rio Grande do Sul, a escola foi totalmente destruída, passando a funcionar em precárias condições em uma residência particular, graças à ação incansável da sua diretora Professora Santa.

Em 1952 o prédio atual foi construído, no momento “Nacional Desenvolvimentalista (1946-1964) pelo então governador Ildo Meneguetti e na presidência do Brasil estava Emílio Garrastazu Médici e nesse governo, pode observar-se uma política de obras públicas, baseadas em grandes projetos como: Ponte Rio-Niterói, Itaipú, Transamazônica, e Mobral (projeto de alfabetização). Houve também evolução nos meios de comunicação de massa — destaca-se a criação da Rede Globo — os quais auxiliaram na propaganda em favor do governo.

 O prédio da escola foi construído então neste momento e com capacidade para 200 alunos e já de tijolos, porém como “palafitas”. Na parte de baixo do prédio eram somente colunas bem altas e sem salas de aula, sem repartições, apenas as colunas, os alicerces. As salas de aula eram apenas no andar superior do prédio por conta das enchentes. A escola tinha sua frente voltada para o lado do Rio Jacuí, pois por ali os alunos desembarcam dos barcos de seus pais e avós já que naquela época este ainda era o meio de transporte mais utilizado, quem sabe o único dos moradores do bairro. Neste ano a escola já se chamava Grupo Escolar Almirante Barroso.

O Patrono da escola: Francisco Manoel Barroso da Silva – O Barão do Amazonas, mais conhecido como Almirante Barroso, nasceu em Portugal em 29/09/1904 e faleceu em Montevidéu em 08/08/1982. Comandou uma esquadra da Marinha Nacional por ocasião da Guerra do Paraguai. Na sangrenta batalha do Riachuelo, proferiu a frase que ficou célebre e muito incentivou os seus camaradas: “O Brasil espera que cada um cumpra com o seu dever.”

Frase esta que hoje é passada aos alunos e que todos deveriam seguir a risca.

Nos próximos anos o prédio passou por reformas, construiu salas na parte inferior, para poder atender a demanda de moradores (já atendendo as demais ilhas também), reformas para aproveitamento de espaços, mas nenhuma delas alterou a estrutura ou desing do prédio.

Breve vídeo com imagens capturadas da escola e imagens cedidas pela direção da escola:



A primeira escola de ensino fundamental instituída em Porto Alegre foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental José Loureiro da Silva, em 5 de novembro de 1955 que primeiramente se chamava Escola Municipal 5 de Novembro.

Conversando com alguns moradores mais antigos da região, conseguimos perceber que naquela época eles viviam numa cidade menos maliciosa, mais simples e muito mais feliz. Uma entrevistada relata que naquela época, mesmo sem o desenvolvimento, sem a tecnologia, sem a evolução que temos hoje, ela era bem mais feliz, que preferiria continuar andando de barco do que ter que enfrentar este trânsito de hoje e os assaltos, enfim ela diz: “A felicidade de ontem é o meu sonho de amanhã!”

Quanto às aulas daquela época, o que conseguimos apurar é que as mesmas eram extremamente cansativas, somente aulas expositivas, com poucos alunos (o que proporcionava ao professor dar uma maior atenção a cada um dos alunos).

Também descobrimos que os professores apenas tinham a formação do curso normal, o magistério, e algumas vezes somente o “Ginásio”, e ainda assim suas aulas eram muito bem ministradas e os alunos obtinham mais conhecimentos do que nos dias de hoje.

Em meados de 1990 a escola ganhou um aliado, o grupo “Gerdau Yohanpetter (confirmar escrita)” apadrinhou a escola e desde então sempre ajudou a mesma com custeio de obras, aquisição de materiais, construção do laboratório de ciências para que a escola recebesse a Ensino Médio em suas instalações e claro o Ginásio de Esportes que foi construído em 2009 e trouxe melhora para os alunos e também para escola.

O trabalho da escola esta sempre em conjunto com a comunidade, e os projetos desenvolvidos que mais se destacam são os projetos voltados para a questão ambiental, pois a população estudantil do bairro é formada por ilhéus e filhos de pescadores.
Hoje a escola possui 669 alunos matriculados, dentre a pré-escola e o ensino médio, formando 33 turmas e todos moradores das ilhas; conta com um quadro de 45 professores e 17 funcionários. Neste período a escola esta passando por uma pequena reforma por problemas no telhado, mas a direção garante que o prédio nunca será modificado: “O nosso prédio, é a cara da nossa escola”, afirma a diretora.


Escola vista de satélite. 
Fonte: Google Maps


Referências: Pesquisa na Escola;
Fotos tiradas na escola pela aluna Thais Silveira;
Fotos do arquivo da escola;

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

História da Educação Brasileira: Levantamento e Socialização de dados Colégio Americano – IPA Metodista

Universidade Federal De Pelotas

Polo: Sapucaia do Sul


Postagem dos alunos: Abrahão, Daiane, Henrique, Marlon e Viviane
 
O nosso grupo tem como objetivo apresentar a história do colégio Americano, pois é considerado o colégio mais antigo de Porto Alegre, ainda em atividade, fundado em 19 de outubro de 1885. 
A missão metodista de origem norte-americana demonstrou em sua instalação aqui no Brasil a partir do II Império Brasileiro, clara preferência pela educação formal como instrumento mediador entre ela e a sociedade brasileira para implementação das aspirações metodistas relacionadas ao Brasil, e está estreitamente relacionada à história do protestantismo norte-americano no Brasil.
No século XIX, imigrantes norte-americanos para cá vieram como representantes dos princípios da liberdade e democracia e, imbuídos desses ideais, criaram escolas. Metodistas, presbiterianos e batistas tinham em comum, propósitos de evangelizar e educar a nação, portanto, a influência dessas igrejas é reconhecida antes no campo educacional do que no religioso, como estratégia de suprir as necessidades dos imigrantes de fala inglesa. Importa dizer suas concepções educacionais valorizavam a formação das mulheres, incentivava a formação de valores burgueses identificados ao trabalho e ao metodismo.
Assim, em 1885, João da Costa Corrêa chegou em Porto Alegre e junto com sua família vinha a jovem professora Carmen Chacon. No ano seguinte, Chacon fundou o Colégio Evangélico Misto nº 1, em um prédio alugado à Praça General Marques, hoje Rua Dr. Flores, localizado no Centro Histórico da cidade. Neste colégio, João Corrêa era o diretor e Carmem a professora. Essas são as origens mais remotas do Colégio Americano.
Em 1889, Carmen Chacon faleceu por contrair tuberculose e então o colégio ficou a cargo da Divisão de Mulheres da Igreja Episcopal do Sul, dos Estados Unidos da América que, além de fazer a supervisão educacional, auxiliava a instituição com recursos financeiros e de pessoal. O popularmente conhecido “Colégio das Americanas” passou a chamar-se Colégio Americano, nas primeiras décadas do novo século, sendo uma escola apenas para meninas.
Em 1921, suas alunas fundaram o grêmio estudantil "Rui Barbosa" (Gerb), a mais antiga organização estudantil do Brasil. No mesmo ano, o colégio passou a funcionar em um prédio próprio, com regimes de internato e externato, na Avenida Independência. Em 1945, o Americano se mudou para sua atual sede, no bairro Rio Branco.
Desde 2002, o Colégio Americano está integrado à Rede Metodista de Educação do Sul.
Duas grandes transformações na história do IPA se deram em um intervalo de quatro anos: a entrada de estudantes mulheres, em 1967, e a aula inaugural do curso de Educação Física, em 1971, abrindo caminho para a implantação de novas opções de Ensino Superior, como Fisioterapia e Terapia Ocupacional, em 1980.
Atualmente, o instituto oferece mais de 30 cursos de graduação e outros 20 de pós-graduação, somando cerca de 10 mil estudantes. O escritor Luis Fernando Verissimo e o treinador da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, estão entre os ex-alunos do IPA.
 
 
O PROCESSO FORMATIVO DO COLÉGIO AMERICANO E NA ESCOLA NORMAL (1897-1913)
 
 Em relação à formação dos professores daquela época, se deu pelo crescimento do número de alunos naquela instituição, e consequentemente, tiveram a necessidade e a incumbência de preparar os profissionais para atuarem no ensino primário.
Para consolidar tal projeto formativo, a Escola Normal foi aberta para ambos os sexos. No princípio de sua existência, não se caracterizou como uma instituição aberta às variadas camadas da população. Ao contrário, se tornou um espaço educativo frequentado por moças e rapazes que atendiam o rigor dos processos seletivos e os de formação, ao longo dos 3 anos do curso.
A grade das disciplinas de ensino incluía as matérias de português, francês, aritmética elementar, álgebra elementar, geografia geral, geografia do Brasil, história do Brasil, desenho geométrico, desenho de ornato e figura, caligrafia escrita e mecânica, noções de física e química, noções de história natural, higiene, pedagogia, instrução moral e cívica, legislação escolar, exercícios físicos e prática na Escola Modelo1. Para o sexo feminino acresciam-se as disciplinas de trabalhos manuais e economia doméstica (DECRETO 178 de abril de 1908, Art. 3º).
 
Contribuições finais:
Após a pesquisa ficamos bastante surpresos de como a educação no Brasil sofreu modificações, e que vários valores não são mais aplicados nos dias de hoje, ou seja, o respeito que os professores de antigamente tinham por parte das famílias, e que realmente eram visto como mestres.
Para fundamentar tal conclusão, realizamos uma entrevista com uma amiga de um dos integrantes do grupo, chamada Sra. Teresa Bandeira, nascida em Porto Alegre na data do dia 22/10/1930, hoje, com 83 anos.
Conforme Sra. Teresa Bandeira, a educação da sua época era muito rígida, os pais cobravam uma educação mais rigorosa para com seus filhos e os professores tinham total apoio da família, sendo considerados como verdadeiros mestres. Relata também que os conteúdos administrados na escola na época dela, possuíam um nível maior de exigência para com os alunos, ou seja, em uma comparação que Sra. Teresa Bandeira fez com seus filhos foi que o conteúdo administrado na 3ª série do seu colegial, os seus filhos foram aprender bem depois da 3ª série. “A mesma não soube informar em qual série que os conteúdos da 3ª série foram visto pelos seus filhos”.
Perguntamos a Sra. Teresa se ela tinha conhecimento do colégio Americano, e ela respondeu que sim, e que era visto como um dos melhores na educação de Porto Alegre.
A Sra. Teresa ainda expressa uma imensa tristeza que sente ao ver a educação se perdendo ao longo dos anos, ainda reforça que a educação está assim é por falta de uma educação mais rígida por parte dos pais.
Imagens que conseguimos do local:
 



 
 

 
 
 
 
 

domingo, 27 de outubro de 2013

Inclusão Sempre - Pesquisa na Escola Municipal de Ensino Fundamental Castro Alves


Universidade Federal De Pelotas

Polo: Sapucaia do Sul


Postagem dos alunos: Luciano B. Coiro, Michele von Hohendorff, Otília Khaty Stiebe, Waldir Correia das Neves Junior e Fernanda Barbosa Henrique.
 
 
 
1990 - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
Garante o direito à igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sendo o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito (também aos que não tiveram acesso na idade própria); o respeito dos educadores; e atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular.





 

A pesquisa foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental Castro Alves, localizada em São Leopoldo. A instituição de ensino é a única escola, da rede pública municipal que atende alunos surdos.

 
Atualmente, a escola possui dois alunos surdos. Um dos alunos tem 11 anos e frequenta o 5º ano do turno da tarde, está matriculado na escola desde o primeiro ano. Nunca frequentou outras escolas especiais, e ainda não domina Libras, mas consegue se expressar com a turma e com a professora. A supervisora escolar comentou que o aluno não desenvolveu com maior rapidez a aquisição da Linguagem Brasileira de Sinais, em função da família não aceitar muito bem a condição do filho, não o motivando a aprender Libras na esperança que ele começasse a falar. 

A professora titular da turma onde este aluno estuda não possui formação especializada para trabalhar com alunos surdos, mas a escola conta com uma interprete de Libras diariamente na sala de aula. E a turma toda, uma vez por semana, tem aulas de Libras oferecidas pela intérprete.

A escola também conta com o auxilio de uma professora especializada em dificuldades de aprendizagem e uma sala de recursos equipada com computadores, jogos e recursos para auxiliar na aprendizagem dos alunos surdos. Os alunos tem horário marcado na sala de recursos no contra turno escolar.



Há muitos professores na instituição que sabem a Língua Brasileira de Sinais. E a professora Tradutora/Intérprete dá o suporte necessário aos professores interessados em aprenderem esta língua, inclusive para os demais funcionários da escola: merendeiras, secretária escolar, equipe diretiva.

O aluno surdo, matriculado no 5º ano da escola, está bem adaptado e interage normalmente com a turma e as professoras. Consegue se expressar e é compreendido. Inclusive a professora comentou que já aprendeu bastante de Libras com seu aluno.

O outro aluno surdo, matriculado na EJA da escola Castro, tem 16 anos e frequenta a Etapa I do ensino globalizado, que corresponde aos quatro primeiros anos do ensino fundamental. Este aluno domina Libras e também leitura labial, e aprendeu na escola onde estudou anteriormente: Associação Vida Nova, que é uma escola especializada para alunos com deficiências (http://vidanovasl.blogspot.com.br/p/a-entidade.html).

No turno da noite, na EJA, não há um tradutor/intérprete de Libras, pois como o aluno domina a leitura labial, ele consegue entender e ser entendido com certa facilidade, e também em função das muitas faltas do aluno. Apesar de ainda não estar alfabetizado, apenas conhecendo o alfabeto e escrevendo pequenas palavras, mais até por ter decorado do que ter aprendido mesmo, o aluno não possui nenhuma deficiência cognitiva.

As professoras acreditam que a falta de estímulos por parte da família foi fundamental para a não alfabetização do aluno, já que o mesmo nunca foi motivado há frequentar um ano letivo completo. E também, em razão do auxílio dado pelo governo pela surdez do adolescente, a família não vê necessidade do mesmo saber ler e escrever, já que nunca irá trabalhar mesmo, pois já possui uma renda.

A supervisora escolar comentou que a família dos dois alunos possui baixo poder aquisitivo, inclusive o aluno do turno da noite, durante o dia coleta garrafas plásticas e papelão para vender. E, também, a falta de informações dos pais fez com que este estudante surdo não desenvolvesse toda sua capacidade cognitiva.


Foi abordado também o preconceito sofrido pelo adolescente da EJA. Acreditam que isso também faça com que ele venha menos ainda às aulas. As professoras comentaram que adolescência já é uma fase complicada por natureza, e que com um agravante e sem o apoio da família é bem complicado.

Já o menino da tarde não sofre preconceito, pois como ele sempre estudou naquela escola e a equipe diretiva se preocupou em permanecer com os mesmos alunos na série seguinte para que o menino surdo não tenha que passar por novas adaptações todo início de ano letivo. Este aluno é bastante participativo das atividades da escola, como filmes, teatro e cinema, sempre acompanhado da interprete que realiza a tradução das atividades propostas.

A supervisora comentou que a prefeitura disponibiliza a intérprete de Libras e a professora da sala de recurso. Mas não oferece nenhum curso específico para as professoras que trabalham com alunos com dificuldade e nem para os demais segmentos da escola.

A professora comentou que aprendeu o básico de Libras na sua graduação em Pedagogia, mas que a realidade fez perceber que aquelas poucas cadeiras na faculdade não correspondem à necessidade real quando se tem um aluno surdo. E que foi buscar cursos específicos por conta própria, por perceber a necessidade e importância dominar Libras.

Concluímos com essa pesquisa, que a prefeitura e a escola Castro Alves fazem sua parte, claro que poderiam fazer mais... Mas não constatamos que os alunos surdos sejam tratados com indiferença pela rede municipal de ensino da cidade de São Leopoldo.
 



 

Inclusão do Aluno Surdo no Ambiente Escolar .

  Escola de Surdos Bilíngüe






Salomão Watnick 



1.  Nesta região as escolas tem inclusão de alunos surdos? Ou há escolas com atendimento específico para surdos? Ou outras instituições prestam este atendimento?



Sim, em Porto Alegre, teoricamente todas as escolas regulares devem estar aptas para receberem alunos surdos. Há também instituições, como a Escola de Surdos Bilingue Salomão Wartnick, que atendem especificamente alunos surdos.


2.    Quantos alunos surdos estudam nesta instituição? Qual é tipo de surdez (Surdo, Deficiente Auditivo ou Surdo Oralizado)?
 A Escola oferece o Ensino Fundamental para crianças surdas de 6 à 14 anos (1º e 2º ciclo) e Serviço de Educação Precoce (EP) direcionado a crianças de zero à 3 anos e Psicopedagogia Inicial (PI) de 3 a 5 anos. Oferece também aulas de Libras aos pais e responsáveis pelos alunos.
O Processo de ensino-aprendizagem na Escola é bilingue, ou seja, a Libras (Língua Brasileira de Sinais) é a língua de instrução e a Língua Portuguesa está presente na sua forma escrita. 


TIPOS DE SURDEZ DOS ALUNOS QUE ESTUDAM NA INSTITUIÇÃO SALOMÃO WATNICK



Todos os alunos que estudam na instituição são surdos.

Os tipos de surdez dos alunos da escola são variados. Segundo o banco de dados escolar há os três tipos de surdez entre os alunos. Surdez de transmissão ou de condução: é quando existe uma lesão do ouvido externo ou médio, que impede a transmissão das ondas sonoras. Neste caso existe uma situação de audição reduzida.

* Surdez de recepção ou neurossensorial: é quando existem lesões do ouvido interno ou do nervo auditivo que transmite o impulso ao cérebro. A transmissão das vibrações sonoras é feita normalmente, mas a sua transformação em percepção auditiva está perturbada. Existe assim, uma dificuldade na identificação e integração da mensagem.

* Surdez mista: é quando existe, ao mesmo tempo, uma lesão do aparelho de transmissão e de recepção.



3.    Estes alunos sabem a Língua Brasileira de Sinais - Libras? Onde aprenderam?
O nível de aquisição lingüística dos alunos da escola é bem disforme. Muitos alunos são filhos de pais surdos, e já chegam na escola com o domínio de sua língua materna, o que facilita na alfabetização e aprendizado dos diversos conteúdos a serem cumpridos segundo normas dos PCNs. Há alunos, que chegam na escola sem o domínio da LIBRAS ou da língua portuguesa, geralmente estes alunos são filhos de pais ouvintes que desconhecem a LIBRAS e negam a condição do filho de sujeito surdo. Um outro grupo, adquiriu o conhecimento da língua através do contato com outros surdos.


4.   Na sala de aula, o aluno surdo tem o profissional Tradutor/Intérprete de Língua Brasileira de Sinais - Libras? Ou outros tipos de profissionais?
Na escola Salomão Wainick, todos os professores são fluentes nas LIBRAS, possuem curso de tradutor intérprete e/ou possuem o título de proficiência do PROLIBRAS.


5.      Há professores nesta instituição que sabem a Língua Brasileira de Sinais - Libras?
        Idem questão 4.


6.    Após este levantamento o grupo deve analisar a situação da inclusão do surdo nas escolas da região levando em consideração questionamentos como: O poder público tem garantido condições de acesso e aprendizagem aos alunos surdos? Como a comunidade (família, escola, ONGs, entidades religiosas) atua para amparar o surdo na região/cidade? Os professores estão preparado para atender alunos surdos?

 a) Atualmente o Brasil encontra-se em fase de implantação de alguns modelos educacionais de orientação bilíngüe. Considerando a proposta bilíngüe para surdos, Skliar (1997, p.144) “defende que o objetivo do modelo bilíngüe é criar uma identidade bi-cultural, pois permite à criança surda desenvolver suas potencialidades dentro da cultura surda e aproximar-se, através dela, à cultura ouvinte. Defende-se que o atual processo educacional dos surdos deve ser visto sob a perspectiva do direito de igualdade de oportunidades expresso na Constituição Federal, nos artigos 205, 208, na Declaração de Salamanca, na LDB nº 9394/96, bem como nas Leis de acessibilidade nº 10.172/01 e 10.098/00, nas Leis Estadual e Federal nº 10.379/91 e 10.436/02, respectivamente, que instituem a Libras como língua oficial da comunidade surda, e no Decreto 5.626/05 que regulamenta o artigo 18 da Lei 10.098/00 e a Lei 10.436/02. “
A partir de orientações legais, as escolas brasileiras passaram a adotar a Libras e, inclusive, acrescentá-la em seus currículos como disciplina. É importante destacar também que, no primeiro momento de aplicação da proposta de “educação inclusiva”, prevaleceram as chamadas turmas mistas, compostas por alguns surdos em meio à maioria ouvinte.. Vale ressaltar que há várias formas de bilingüismo, bem como de oralismo, aplicadas atualmente à escolarização dos surdos. Pode-se afirmar, segundo Quadros (2004), “que uma educação de caráter bilíngüe implica necessariamente a utilização de duas línguas separadamente dentro da escola. Isso quer dizer que uma educação com bilingüismo reconhece que o surdo está inserido num contexto bilíngüe, imerso, no caso do brasileiro, pela Libras e pela LP. Portanto, uma educação bilíngüe de surdos seria aquela que supera a simples utilização de duas línguas em momentos diferentes dentro da escola, ou seja, vai além da imposição da língua majoritária ouvinte com sua carga cultural em detrimento da língua natural dos surdos, a qual é vista somente como um instrumento, um meio para se ensinar a língua majoritária, o português. As diferenças que podem ser observadas nos projetos de escolarização bilíngüe de surdos conduzem à questão do caráter sócio-lingüístico-cultural e pedagógico dessas propostas. A atual proposta bilíngüe para surdos aceitaria a LS em si mesma e o surdo como “Surdo” ou reproduziria veladamente um modelo oralista sob o termo de Bilingüismo. Em outras palavras, a atual proposta de educação bilíngüe, aplicada no processo de escolarização dos surdos, utiliza a LS como simples meio de ensinar a LP – aludindo às capacidades dos sujeitos de aprender duas ou mais línguas – ou, ao contrário, valoriza a LS em si mesma como língua natural dos surdos – referindo-se à aceitação pedagógica da diferença de um grupo minoritário que tem o direito de ser educado em sua própria língua? A criação de uma sala de aula ou de uma escola que seja bilíngüe, com a presença da LP e da LS no processo educacional, não quer dizer, necessariamente, que o processo educacional se respalda num projeto educacional bilíngüe, o qual, ao considerar o indivíduo surdo em sua totalidade, pressupõe uma profunda mudança nas organizações, conceitos, diretrizes, metodologias, posturas e concepções educacionais.”

b) No ambiente familiar da criança surda, o sentimento de despreparo da maioria das famílias para lidarem com a surdez e o pouco interesse de aprenderem a língua de sinais com o filho, a falta de utilização de uma mesma língua com esse indivíduo,levam a baixa qualidade de comunicação entre os membros das famílias. A maioria das mães fica com a responsabilidade de cuidar do filho deficiente e de lidar com as situações-problema, gerando estresse e sobrecarga das mesmas pela falta de uma estrutura de apoio.
Em relação à comunicação, para os pais, a falta do conhecimento da Libras é evidente.

c) Os professores estão preparado para atender alunos surdos?
Nem todos.
   



DICAS:
LIBRAS - Alfabeto:

 Link Dicionário da Língua Brasileira de Sinais
 Grupo de trabalho: Ana Lucia Lima, Daniela Pacheco da Silva, Dóris Apolonia Russo,  Jorge Roberto Santos Miranda, Paulo Fernando Soares e    Fernando dos Santos.