sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Entrevista sobre inclusão escolar de alunos surdos ou suro e mudos.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – UFPEL
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA A DISTÂNCIA – CLMD

Polo: Sapucaia do Sul
Aluno: Alex Sandro Leal Viacava, André Ricardo Lessa, Flavio Barcelos Alff e Marcos Santos Silva
Referência: Blog1
ROTEIRO – BLOG 1

Entrevista sobre inclusão escolar de alunos surdos ou suro e mudos.
Visitamos a E. M. E.F Júlio Stroer, em Sapucaia do Sul, onde há um aluno com deficiência auditiva moderada, mas que fala e se expressa. O aluno conta com o “Apoio” que é uma professora, que sabe libras e acompanha este aluno em tempo integral deste, na Escola.
Todo aluno que tem atestado médico, por moléstia, deficiência ou doença tem acompanhamento do “Apoio”, com companhia constante de um professor preparado para cada caso.
Existe também, na maioria das escolas do município uma “Sala de Recursos”, onde o aluno tem recursos e atividades a fim de superar os obstáculos. 
Além destes, o município disponibiliza o CAM (Centro de Atendimento Municipal), onde o aluno tem um acompanhamento no turno inverso e com atividades específicas para melhor adaptá-lo e promover sua inclusão.

Portanto a inclusão de alunos, em Sapucaia do Sul, é levada a sério e é um exemplo a ser seguido.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – UFPEL
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA A DISTÂNCIA – CLMD

Polo: Sapucaia do Sul
Aluno: Gisele Pereira de Lima, Ilsiara Silva Fonseca, Michele Marques Dalmolin, Kátia Pereira, Thais Silveira.
Referência: Blog1


ROTEIRO – BLOG 1

1. Nesta região as escolas tem inclusão de alunos surdos? Ou há escolas com atendimento específico para surdos? Ou outras instituições prestam este atendimento?
R: Estivemos em duas escolas: Escola Estadual de Ensino Fundamental Hiroshima e na Escola Estadual Ensino Médio Almirante Barroso, localizadas em Eldorado do Sul (bairro Picada) e Porto Alegre (bairro Ilha da Pintada), respectivamente. Ambas as escolas afirmam que já tiveram ou tem alunos deficientes auditivos, portanto existe à inclusão. As duas escolas afirmaram não possuírem nenhuma estrutura ou conhecimento específico para a inclusão destes alunos. No bairro da Ilha da Pintada não existe nenhuma escola com atendimento específico para surdos e no bairro Picada existe a APAE que atende estes alunos.

2. Quantos alunos surdos estudam nesta instituição? Qual é tipo de surdez (Surdo, Deficiente Auditivo ou Surdo Oralizado)?
R: Na escola Almirante Barroso, encontramos um aluno que é Deficiente Auditivo, tem 9 anos, ele utiliza aparelho auditivo e com este recurso consegue participar das aulas, porém tem dificuldades, pois escuta muito pouco. O aluno sempre senta na classe em frente à professora e procura estar sempre atento à aula. A professora procura falar em um tom mais alto do que o normal para auxiliar o aluno. Já na escola Hiroshima, não encontramos nenhum aluno surdo, porém a direção informou que tinha um aluno com deficiência auditiva grave até o ano de 2012, e que hoje não se encontra mais na escola por ter terminado os estudos ali (ensino fundamental) sendo transferido para Porto Alegre para uma escola com todos os recursos para ele necessário.

3. Estes alunos sabem a Língua Brasileira de Sinais - Libras? Onde aprenderam?
R: O primeiro aluno, da escola Almirante Barroso, não sabe LIBRAS, porém já ouviu falar e diz ter vontade de aprender, inclusive citou que uma professora de “Artes” sabe e já lhe ensinou algumas palavras, mas naquele momento apenas lembrou como se diz “Eu te amo”.
No caso do segundo aluno, da escola Hiroshima, a direção nos informou que ele sempre soube LIBRAS. Foi os pais que fizeram questão de ensinar o filho e por isto ele foi matriculado logo cedo em um curso, juntamente com a mãe que a pós ter aprendido, ensinou também o pai. Os pais se comunicavam com o aluno somente através da linguagem de sinais.

4. Na sala de aula, o aluno surdo tem o profissional Tradutor/Intérprete de Língua Brasileira de Sinais – Libras? Ou outros tipos de profissionais?
R: Em nenhum dos dois casos os alunos tinham um intérprete de Libras. Os professores se comunicam “aos gritos”, conforme a professora regente do aluno da Escola Almirante Barroso: “Se o aluno conhecesse a língua eu até procuraria aprender a mesma para me comunicar com ele, mas como será em vão, vou lidando como posso. Quando eu não consigo entender o que ele quer dizer, eu peço para que ele escreva, mas são raras as vezes que isto acontece.”

5. Há professores nesta instituição que sabem a Língua Brasileira de Sinais – Libras?
R: Na Escola Almirante Barroso apenas a professora de Educação Artística conhece a língua, mas não esta sempre presente na escola. Na escola Hiroshima, nunca houve um professor que soubesse a linguagem, mesmo tendo um aluno que conhecia e utilizava a mesma diariamente.

6. Após este levantamento o grupo deve analisar a situação da inclusão do surdo nas escolas da região levando em consideração questionamentos como: O poder público tem garantido condições de acesso e aprendizagem aos alunos surdos? Como a comunidade (família, escola, ONGs, entidades religiosas) atua para amparar o surdo na região/cidade? Os professores estão preparados para atender alunos surdos?
R: Percebemos com as visitas que o poder público não garante em nada condições de acesso e aprendizagem aos alunos surdos, eles se viram por conta própria com os recursos que tem. A comunidade tenta atender eles conforme podem, procuram se adaptar com o que a escola oferece. Os professores não estão preparados para atender alunos surdos, assim como os alunos não estão preparados para encaram uma escola normal. Pensamos que eles deveriam estudar em escolas especiais para aprenderem a se comunicar com mais facilidade, assim como as escolas deveriam oferecer aos professores mais recursos didáticos e profissionalizantes para receber alunos surdos.